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Como ganhar dinheiro no meio dessa ‘Guerra de Preços’

(Última parte)
 

A importância da inovação

Diferentemente do Bill Gates da Microsoft, o Steve Jobs, fundador da Apple, pode ser considerado um dos raros gênios da inovação já que ele não pára de ter idéias milionárias.
Depois de um exílio involuntário de quase doze anos, quando em 1997 ele retornou à presidência da empresa que estava quase falindo, percebeu que era preciso ser criativo para se diferenciar da concorrência e começou a fazer computadores com invólucros transparentes.

Depois, percebeu que só fabricando os iMac, a Apple não conseguiria se transformar numa megaempresa.

Então, ele partiu para fabricar produtos inéditos e não associados ao seu passado histórico como o iPod e no seu rastro, o site iTunes para venda de música pela Internet. No meio do ano passado lançou o iPhone.

No mês de janeiro passado a Apple anunciou o serviço de aluguel de filmes através do iTunes.
A Apple apostou no Blu-ray, da Sony, e venceu a disputa com o HD-DVD pelo padrão de vídeo de alta definição que vai suceder ao DVD.

A cada nova apresentação do criador da Apple, os competidores apostam que, dessa vez, ele vai ‘chutar para fora ou mandar na trave’. Mas o ‘zen-paranóico’ continua com uma taxa de acerto de 100% ao lançar produtos que voam no mercado.

O último foi o MacBook Air, o mais leve e mais delgado notebook já lançado no mercado (1,9 centímetro de espessura e 1,3 quilo).
Nestes últimos dez anos, o Steve Jobs mostrou claramente que, hoje em dia, não é mais importante para uma empresa “possuir” um produto ou um serviço, mas sim, “possuir” um cliente.

Porque, as necessidades dos clientes se modificam e se ampliam com o passar dos anos. Assim, quem “possuir” um cliente, como é o caso dos fanáticos Macintoshistas, poderá satisfazer suas novas necessidades com outros produtos e serviços. Mas, quem apenas “possuir” um produto ou serviço, ficará sem ter para quem vender quando as necessidades de seus clientes forem satisfeitas ou se modificarem.

Assim é a vida empresarial. O mundo muda, e cada vez mais os produtos e serviços se tornam obsoletos com uma velocidade impressionante.

Como tudo nesta vida, a tecnologia e a sociedade vivem num estado de permanente metamorfose e se transformam a cada átimo de segundo;
Com o mercado não é diferente: as necessidades vão sendo satisfeitas e se modificando; a concorrência se expandindo; e aquilo que era bom ontem, já não é tão bom hoje e, certamente, não será nada bom amanhã.

Até a bem sucedida estratégia de marketing ‘low cost’ and ‘low price’ (baixo custo e baixo preço) está se esgotando. As grandes líderes dessa estratégia, Wal-Mart, Southwest e Dell estão começando a enfrentar problemas de crescimento e estão testando novas estratégias para oferecer ‘algo mais que desconto’ aos seus clientes.

Afinal, como diz o analista Caio Dias do banco Santander, "se todo mundo oferece preço baixo, é preciso diferenciar-se de outra maneira."

As companhias aéreas já perceberam que passar algumas horas sem fazer nada dentro do avião é uma perda de tempo inaceitável para os executivos atarefados modernos que vivem voando (90% dos viajantes). Por isso, já estão fazendo estudos para liberar o uso de Internet, e-mails, smartphones e celulares a bordo.
Aqui no Brasil, a TAM já está estudando isso. Se esse custo agregado se transformar em valor para os clientes, eles aceitarão pagar mais caro para viajar pela TAM. Hoje, eles não aceitam pagar mais caro só por causa do sanduíche quentinho...
Então, se o mundo está mudando, a empresa tem de mudar junto. Tem de se adaptar ao novo. Senão, sucumbirá como os dinossauros que reinaram absolutos na terra por mais de 130 milhões de anos, mas que desapareceram há 65 milhões de anos por não se adaptarem às mudanças climáticas que ocorreram no planeta.

O processo de rápidas e profundas transformações está matando muitas grandes empresas

Chris Zook, autor do livro ainda não traduzido para o português, ‘Unstoppable’ (irrefreável ou imparável) mostra que das 500 maiores empresas americanas listadas pela revista Fortune em 1994, 153 ou 30% delas haviam desaparecido em 2004.

Das 347 que sobreviveram, Zook afirma que 130 ou 37% fizeram uma dramática transformação. Ou seja, apenas 1 de cada 3, das 500 maiores empresas, sobreviveram sem precisar alterar significativamente o seu core business.

Baseado nisso, Zook estima que nos próximos dez anos, uma em cada três empresas não será mais independente – por causa de falência ou aquisição – e outra terá um core business completamente diferente do atual. Para ele, apenas uma delas vai lembrar aquilo que ela é ou faz hoje.

Como economista especializado em econometria, eu me permito discordar um pouco do Zook, pois se nos 10 anos passados a proporção foi de 1 para 3, nos próximos 10 anos – devido ao fenômeno da aceleração das transformações tecnológicas, econômicas e mercadológicas – essa proporção deverá ser bem menor.

Mas, não é nem preciso olhar o que se passou com as maiores empresas. Basta você retroceder 10 anos no tempo e ver o que você e a sua própria empresa eram e faziam naquela época e comparar com o que são e o que estão fazendo hoje.

Agora, projete 10 anos à frente e imagine o que você e ela estarão fazendo lá adiante.
Sei que na conjuntura atual é praticamente impossível imaginar esse cenário, mas esteja certo de que dificilmente estarão fazendo o mesmo que fazem hoje, e se estiverem, com certeza não será da mesma maneira.

As transformações que afetaram e continuarão afetando o Brasil

Essas transformações profundas também estão se dando no Brasil, puxadas pelo mercado consumidor que está se expandindo a taxas elevadas e se concentrando nas cidades.
Há apenas 10 anos existia no Brasil 40 milhões de correntistas bancários e hoje são 100 milhões. É claro que isso tem um impacto fantástico em toda cadeia produtiva, produzindo transformações extraordinárias e trazendo muitas novas oportunidades de negócios.

Um simples lápis tem uma cadeia produtiva composta de 160 fornecedores. Dessa forma, qualquer alteração na ponta (consumo do lápis) irá afetar, positiva ou negativamente, a todos esses fornecedores, gerando necessidades novas, algumas complementares e outras, inéditas.

Segundo a revista exame, há 40 anos tínhamos no Brasil 14 milhões de consumidores e hoje temos 60 milhões. Crescimento de 430%. E como temos um dos mais altos índices de mobilidade social do mundo, é natural esperar-se que esse número irá crescer extraordinariamente nos próximos 10 anos.

A pergunta é: como essa demanda irá impactar a oferta?
Há 40 anos atrás, 45% dos 90 milhões de brasileiros, ou 44,5 milhões viviam nas cidades. Hoje, 84% dos 190 milhões, ou 160 milhões vivem nas cidades. Crescimento de 360%.

A automatização do campo é irreversível e isso provocará uma migração cada vez maior de gente para as cidades. Assim, uma taxa maior sobre uma população crescente significa que nos próximos 10 anos teremos muito mais gente ainda vivendo nas cidades.

Portanto, é natural esperar-se que a violência e a sujeira urbana aumentem ainda mais. A pergunta é: como isso irá impactar a questão da segurança e da limpeza urbanas?
Conforme a ABRASCE - Associação Brasileira dos Shopping Centers, há 40 anos havia no Brasil apenas um Shopping Center. Hoje temos 346 com 55.327 lojas de todos os tipos empregando mais de meio milhão de funcionários que trabalham para atender 203 milhões de pessoas que circulam neles por mês.

Neste mês de março entrarão em funcionamento mais 5 Shopping Centers só na Cidade de São Paulo com 900 novas lojas disputando os consumidores.

Há 40 anos havia 1.000 lojas de supermercado. Hoje são 74.000!
É óbvio que todas essas transformações produzem alterações no comportamento dos consumidores e também geram novas necessidades e oportunidades de negócios.

Há poucos anos ainda existiam os intermediários para compra e venda de telefones fixos. Eu mesmo cheguei a vender duas linhas de celular em São Paulo por 2.500,00 dólares cada. Isso hoje é folclore.

Com vendas de 10,7 milhões de unidades, o mercado brasileiro de computadores fechou o ano passado como quinto maior do mundo. E, segundo a consultoria IDC, o País deve alcançar o terceiro lugar até o fim de 2010.

As transformações que se darão nos próximos cinco anos

Por outro lado, as transformações profundas se darão porque o conhecimento humano está dobrando a cada 11 meses, e isso produz uma torrente de inovações tecnológicas, econômicas e mercadológicas sem precedentes na história e favorece ao surgimento de concorrentes não convencionais em larga escala.

A "Etiqueta Inteligente" deverá aposentar o tradicional código de barras. Com sua tecnologia de identificação por radiofreqüência (por microchip), pode guardar um grande volume de informações dos produtos, como data de fabricação, armazenagem, data de validade e de vencimento e até toda a rastreabilidade de animais, podendo rastreá-los ‘do pasto ao prato’.
 
A nova tecnologia Long Term Evolution (LTE) – um dos destaques do World Mobile Congress, em Barcelona neste ano – promete web sem fio quatro vezes mais rápida.

As televisões de alta definição chegaram ao mercado e os cientistas já estão trabalhando em um possível sistema sucessor. De acordo com reportagem publicada no mês passado pelo jornal inglês “The Guardian”, engenheiros japoneses estão trabalhando em conjunto com a rede britânica BBC em uma nova tecnologia com definição 33 vezes maior do que os melhores televisores de alta definição existentes hoje.

Quando o iPhone da Apple, o mais badalado e esperado lançamento do ano, chegou às lojas em 29 de junho do ano passado já encontrou nas prateleiras delas 4 produtos similares fabricados pelas concorrentes Nokia, LG, Samsung e HTC.

O final da guerra de formatos de DVDs de alta definição não garante automaticamente a adoção do Blu-ray.

O Blu-ray da Sony venceu o HD-DVD da rival Toshiba, mas deve enfrentar uma briga ainda mais séria para convencer os consumidores a adquirir discos Blu-ray, no momento em que os consumidores estão à espera da era do download.

Segundo Yukihiko Shimada, analista da Mitsubishi UFJ Securities, é altamente provável que a Internet se torne o método básico de distribuição de conteúdo visual, da mesma maneira que no caso da música
Segundo o Ethevaldo Siqueira, articulista do jornal O Estado de São Paulo, até o começo dos anos 1990, a nanotecnologia ainda era considerada ficção pela maioria dos cientistas.

Mesmo na visão de especialistas e pesquisadores, construir peças, componentes, máquinas ou robôs de dimensões moleculares não passava de um sonho.
Dois fatores contribuíram para transformar aquelas idéias em realidade.
 
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